Às vezes é difícil para outras ciências que não o Yoga, compreenderem a complexidade desta. Ela não visa necessariamente a normalidade e o equilíbrio dentro da sociedade, mas trabalha o psicofisiológico como forma de realização e liberação do “eu” visando atingir uma vivência do transcendental. A tranquilidade que ela gera leva à uma harmonização social, não como um fim e sim um meio.
O Yoga age de forma profunda. Não é linear, é espiral ou ainda radial em seu processo de desenvolvimento do conhecimento. Não possui lógica matemática, mas instintiva e intuitiva ao mesmo tempo.
O praticante direciona suas tendências pessoais e é guiado por princípios e práticas que balizam sua trajetória. A vontade e esforço convivem com o relaxar à beira da postura, da não-postura, da respiração, do silêncio interno, da concentração, da constatação, do fluir nos espaços contraídos.
De uma forma quase inconsciente, iniciamos uma jornada de práticas que renovam desde as células, até estruturas emocionais complexas. Para isso só é necessário estarmos abertos às transformações e possuirmos perseverança.
É um universo de auto-superação e conquista, em que galgamos, sem perceber, novos patamares. Há sensação de avanço e parar, pois assim é o ser: complexo e simples, concreto e diáfano.
Leslie Jimenez / SP 12-11-2020
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